Hoje vou falar de um Autor fantástico, que me conquistou na faculdade, quando fazia a matéria "Literatura Americana". É Ernest Hemingway seu mundo com cores, formas e sabores.
Quando eu leio um livro, tento imaginar como são as personagens, como dormem, andam, gesticulam, falam, comem e ai vai...e neste caso, Hemingway traz tudo isso em sua obra.
Em seu livro, o "Velho é o Mar", dá para sentir a luta constante entre o "Velho" e "o maior peixe que ele pescara", o sabor que o peixe teria....em "Paris é uma Festa", eu me transportei para uma Paris sem sair do meu quarto, andei pelas vielas, tomei chá com outros autores edesustei o vinho francês.
Gosto de autores que dão alma aos livros, pois assim, nunca nos esquecemos das personagens e suas peculiariedades!
Um pouco sobre Ernest Hemingway...
Ernest Miller Hemingway (
Oak Park,
21 de Julho 1899 —
Ketchum,
2 de Julho 1961) foi um
escritor norte-americano.
Trabalhou como correspondente de guerra em
Madrid durante a
Guerra Civil Espanhola e a experiência inspirou uma de suas maiores obras,
Por Quem os Sinos Dobram. Ao fim da
Segunda Guerra Mundial se instalou em
Cuba.
Hemingway era parte da comunidade de escritores expatriados em
Paris, conhecida como "geração perdida", nome inventado e popularizado por
Gertrude Stein. Levando uma vida turbulenta, Hemingway casou quatro vezes, além de vários relacionamentos românticos. Em
1952 publica "O Velho e o Mar", com o qual ganhou o prêmio Pulitzer (
1953), considerada a sua obra-prima. Hemingway recebeu o
Nobel de Literatura de
1954.
A vida e a obra de Hemingway tem intensa relação com a
Espanha, país onde viveu por quatro anos. Uma breve passagem, mas marcante para um escritor americano que estabeleceu uma relação emotiva e ideológica com os espanhóis. Em
Pamplona, meados do
século XX, fascinado pelas touradas, a ponto de tornar-se um toureiro amador, transporta essa experiência para dois livros:
O Sol Também Se Levanta (
1926) e
Por Quem os Sinos Dobram (
1940). Ao cobrir a
Guerra Civil (
1937) – como jornalista do North American Newspaper Alliance, não hesitou em se aliar às forças republicanas contra o
fascismo.
Ainda muito jovem, decidiu ir à
Europa pela primeira vez, quando a
Grande Guerra assombrava o mundo (
1918). Hemingway havia terminado o segundo grau em Oak Park e trabalhado como jornalista no Kansas City Star. Tentou alistar-se, mas foi preterido por ter um problema na visão. Decidido a ir à guerra, conseguiu uma vaga de motorista de ambulância na
Cruz Vermelha. Na
Itália, apaixonou-se pela enfermeira Agnes Von Kurowsky, sua inspiração na criação da heroína de
Adeus às armas (1929) – a inglesa Catherine Barkley. Atingido por uma bomba, retornou para Oak Park que, depois do que viu na Itália, tornou-se monótona demais.
SUICÍDIO!!!!
Ao longo da vida do escritor, o tema
suicídio aparece em escritos, cartas e conversas com muita freqüência. Seu pai suicidou-se em 1929 por problemas de saúde (diabetes) e financeiro (havia perdido muito dinheiro em especulações na Flórida). Sua mãe, Grace, dona de casa e professora de canto e ópera, o atormentava com a sua personalidade dominadora. Ela enviou-lhe pelo correio a pistola com a qual o seu pai havia se matado. O escritor, atônito, não sabia se sua mãe estava querendo que ele repetisse o ato do pai ou que guardasse a arma como lembrança.
Aos 61 anos e muito doente (
hipertensão,
diabetes,
arteriosclerose,
depressão e
perda de memória) Hemingway acabou com a própria vida, assim como fizera seu pai.
Todas as personagens deste escritor se defrontaram com o problema da "evidência trágica" do fim. Hemingway não pôde aceitá-la. A vida inteira jogou com a morte, até que, na manhã de
2 de julho de
1961, em
Ketchum (
Idaho), tomou do fuzil de caça e disparou contra si mesmo.
CURIOSIDADES!!!!
Está nos arquivos do FBI: Ernest Hemingway bancou mesmo o espião americano em Cuba. O jornal The Sunday Times localizou documentos que comprovam definitivamente o envolvimento do autor de O Velho e o Mar com espionagem. Em troca de uma bagatela – 500 dólares por mês –, ele transmitia informações ao governo americano sobre pessoas que freqüentavam sua casa em Cuba, no começo da década de 40. No final da vida, o próprio escritor contava histórias a respeito de seu círculo de informantes na ilha. Tudo indica que uma "causa nobre" o motivou a princípio. Em 1941, com a II Guerra Mundial em andamento, pareceu-lhe importante vigiar os possíveis simpatizantes do fascismo em Cuba, país onde mantinha residência havia alguns anos. Hemingway expôs a idéia ao embaixador americano no país,
Spruille Braden, que concordou em apoiá-lo. O escritor, então, reuniu um grupo de informantes e passou a o coordenar. Para o governo dos Estados Unidos, ele era o “agente 08”. Washington ainda providenciou fundos para que ele reformasse seu iate, o Pilar, e navegasse pelos mares caribenhos à procura de submarinos alemães.
A primeira vez em que um lote de documentos veio à luz, com informações sobre as atividades de Hemingway como agente secreto, foi em 1983. O biógrafo Jeffrey Meyers desentranhou dos arquivos do FBI um dossiê detalhado a respeito do escritor, mostrando que o poderoso órgão de inteligência, comandado na época por Edgar Hoover, tinha conhecimento das iniciativas de Hemingway – e as desaprovava, por considerá-lo simpatizante do comunismo. São relatórios assinados pelo agente Robert Leddy, com detalhes sobre o funcionamento da rede de espiões de Hemingway: “Em 30 de setembro de 1942 fui informado de que ele agora tem quatro homens operando em tempo integral e catorze colaboradores, entre eles barmen, garçons e outros. O custo é de 500 dólares por mês”.
O desejo de “escrever o que realmente aconteceu na vida real” sobre assuntos de relevância para a condição humana levou Hemingway aos mais diversos lugares do planeta: à Itália, durante a primeira guerra mundial; a Paris, quando a capital francesa era o centro literário e cultural do mundo; à Espanha, durante a guerra civil; à África; a Cuba; à China, durante a invasão japonesa; e à Inglaterra, durante a Segunda Guerra Mundial. Nestes lugares ele teve a oportunidade de tecer relatos de estilo jornalístico que se desdobram sobre temas centrais para a experiência humana no século vinte: a guerra, o crime, o medo da morte, o amor, a perda. Traçou assim um esboço do que preocupava e afligia as pessoas de sua geração e descreveu um mundo moderno que pode ser perigoso e muitas vezes nocivo e amoral.
OBRAS!!!
Romances
1925 The Torrents of Spring
1926 The Sun Also Rises (O Sol Também Se Levanta)
1929 A Farewell to Arms (
Adeus às Armas)
1937 To Have and Have Not (Ter e Não Ter)
1940 For Whom the Bell Tolls (Por Quem os Sinos Dobram)
1950 Across the River and Into the Trees (Do Outro Lado do Rio e Entre as Árvores)
1952 The Old Man and the Sea (O Velho e o Mar)
1962 Adventures of a Young Man (Aventuras de um Homem Jovem)
1970 Islands in the Stream (As Ilhas da Corrente)
1986 The Garden of Eden (O Jardim do Éden)
Não-ficção
1932 Death in the Afternoon
1935 Green Hills of Africa
1960 The Dangerous Summer
1964 A Moveable Feast (Paris é uma Festa)
2003 Ernest Hemingway Selected Letters 1917-1961
2005 Under Kilimanjaro
Contos e pequenas histórias
1923 Three Stories and Ten Poems
1925 In Our Time
1927 Men Without Women
1932 The Snows of Kilimanjaro
1933 Winner Take Nothing
1938 The Fifth Column and the First Forty-Nine Stories
1947 The Essential Hemingway
1953 The Hemingway Reader
1972 The Nick Adams Stories
1976 The Complete Short Stories of Ernest Hemingway
1995 Collected Stories
(WIKIPÉDIA)
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